Integrantes de ONGs ambientalistas protestam contra vazamento de óleo em Tramandaí
Centenas de manifestantes protestaram na orla de Tramandaí no final da manhã deste sábado contra o vazamento de Petróleo ocorrido na quinta-feira. Uma bandeira do Brasil gigantesca foi desenrolada na areia, com um espaço em branco em parte do verde, e a seguir o protesto seguiu em direção a Imbé — na caminhada, um caixão representava o enterro da natureza.
ONGs como Sea Shepherd e SOS Mata Atlântica participaram do evento. Usando camisetas pretas com caveiras brancas em destaque, os integrantes do Sea Scheffer instalaram uma barraca no local para servir de base para sua presença no local. Cerca de 45 voluntários chegaram de ônibus desde Porto Alegre para participar, segundo Cathy Souto, coordenadora de logística do Sea Scheffer no Estado. A estudante de biologia Lídia Martins garantiu que o derramamento afetou a vida marinha.
— Encontramos tatuíras e outros seres mortos. Eles sofrem o primeiro impacto do óleo — destacou.
Mario Mantovani, da direção do SOS Mata Atlântica, discursou próximo às dunas em frente à plataforma. Nos intervalos, um carro de som emitia mensagens contrárias à Petrobras e à economia do petróleo.
— Por sorte, dessa vez o impacto foi pequeno. Mas essa indústria vai crescer aqui. O petróleo é um perigo. Se a sociedade não acordar agora, vai ser tarde demais — declarou.
O resultado do teste de balneabilidade que definirá se a praia de Tramandaí ainda está imprópria para banho de mar deverá sair a partir de segunda-feira. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) fez coletas no sábado da manhã e enviou o material para Porto Alegre.
Foi coletada água do mar em quatro pontos de Tramandaí, na altura da avenida da Igreja, a cem metros da plataforma, em Jardim Atlântico e em Nova Tramandaí. Em Imbé, foi recolhida uma porção de areia. O material deixou a praia em um veículo da Fepam por volta das 9h.